Em 2002 viajámos para o nordeste do Brasil.
Ali, esperava-nos "uma emocionante aventura": fazer Natal - Fortaleza de jipe, sobre o areal de 85 praias paradisíacas. Uma aventura plena de luz, cor, sabor, ritmo, cultura e deslumbrantes cenários naturais.
Natal é a capital do estado do Rio Grande do Norte.
A cidade, que cresceu nas margens do rio Potenji e do Forte dos Reis Magos, no extremo nordeste do Brasil, é a terceira capital de estado com melhor qualidade de vida e a mais próxima do continente europeu. Tem cerca de um milhão de habitantes.
Foi aqui que iniciámos a nossa aventura pelas praias do Rio Grande do Norte e Ceará, cerca de 800 quilómetros percorridos de jipe, quase na totalidade sobre o areal de exóticas e luxuriantes praias de areia branca e água límpida e quente.
O grupo era reduzido: eu, o Carlos e um casal de jovens do norte de Portugal, que não conhecíamos mas com quem gostámos de partilhar a aventura.
O jipe foi conduzido por dois guias simpáticos e competentes, que souberam mostrar-nos os locais e momentos de maior deslumbramento, como o magnífico pôr-do-sol que vi sentada numa duna, em Canoa Quebrada, e que nunca será esquecido.
A viagem, extremamente bem organizada, foi quase toda feita sobre a areia de praias exóticas semidesérticas e luxuriantes: areia branca, água azul. E quente!
Admirámos Genipabu e as suas lagoas situadas entre as dunas.
Passámos pelo Cabo de São Roque (ponto mais próximo do Continente Africano), Caraúbas (exuberante com os seus coqueirais), Maracajaú (com água cristalina), deserto de Alagamar, Dunas do Rosado.
Chegámos à Ponta do Mel, onde o sertão chega ao mar. As suas dunas móveis e falésias gigantes deixaram-nos extasiados.
Descobrimos a exótica e mística Canoa Quebrada, onde a animação é permanente e a beleza natural uma inesgotável fonte de inspiração. Gostei particularmente "desta canoa".
Degustámos o melhor peixe e marisco, em esplanadas no areal.
Deixámo-nos embalar pelo ritmo do forró.
Dormimos em pousadas rústicas mas acolhedoras.
Em função das marés, controlámos o tempo das paragens para fotografar, mergulhar e almoçar .
Subimos e descemos dunas de buggy (o que eu gritei…).
Brincámos em dunas de areia branca e fina.
Admirámos arquitectura colonial.
Percorremos, sozinhos, quilómetros e quilómetros no areal de praias desertas. Sem medos, e só por isso esta viagem é inesquecível!
Sempre que o litoral era demasiado acidentado desviámos para estradas de asfalto.
Num desses desvios parámos em Mossoró (principal cidade do interior nordestino, a 280 km de Natal) e dormimos, uma noite, no Thermas Hotel & Resort. O que nos divertimos nas 12 piscinas de águas termais, cada uma delas com temperatura da água e tema de diversão diferente. Nenhum de nós entrou na piscina dos 51 graus. Claro!
Entre Canoa Quebrada e Fortaleza conhecemos 21 belas praias. Destaco a Praia do Morro Branco, a Praia do Diogo e Praia das Fontes, onde nascentes de água fresca se lançam das falésias rosadas sobre o mar.
Por fim chegámos a Fortaleza.
Fortaleza, capital do estado brasileiro do Ceará, está localizada no litoral Atlântico.
Com uma superfície de 313,8 km2 é a capital com maior densidade geográfica do país - tem cerca de 2,5 milhões de habitantes.
Ali o medo não deixou que saíssemos do perímetro de segurança do hotel, localizado frente à praia.
A visita à cidade foi rápida e poucas vezes saímos do jipe.
Passeámos no movimentado calçadão, em frente ao hotel, e comprámos artesanato numa feirinha de simpáticos vendedores.
Banhos, só na piscina do hotel.
De Fortaleza voámos para Natal.
Restavam dois dias de aventura.
Na companhia de um dos guias da viagem demos um saltinho a Pirangi, para admirar o maior cajueiro do mundo, com uma copa superior a um campo de futebol. Isto porque os galhos crescem para os lados e não para cima e ao tocarem no chão criam novas raízes. O cajueiro de Pirangi foi plantado por um pescador, em 1888.
Ainda deu para visitarmos a famosa Praia da Pipa, localizada a cerca de 85 quilómetros de Natal.
Foi um dia bem passado: mergulhos no mar, almoço de marisco no areal, compras na lojinha de artesanato de um português... Saímos da Praia da Pipa desejando lá voltar.
Esta "emocionante aventura" de 12 dias, extremamente bem organizada, deixou saudades.
Recomendo!
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